Por que a conta de luz vai aumentar?

lampada

Com a maior crise hídrica em 90 anos, a energia elétrica foi a que mais pesou na inflação oficial do país. Em maio houve uma alta de 5,37%, o que representa 0,23 ponto percentual no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Por que a conta de luz está mais cara?

Devido a esse aumento significativo, que já foi sentido nos bolsos dos brasileiros, a previsão é que se agrave ainda mais, então quem usa energia elétrica, prepare o bolso nos próximos meses. 

O motivo desse aumento crescente é a crise hídrica que está afetando os reservatórios nas usinas, devido a pior estiagem em 91 anos, fazendo com que seja necessário o acionamento das usinas termelétricas para compensar essa queda. 

Esse tipo de energia é mais cara e quanto mais for necessário seu acionamento, mais o consumidor sentirá no bolso. 

Somente neste ano foi gasto R$4,3 bilhões de reais para o uso dessa energia e isso foi passado para o consumidor final nas contas de energia elétrica.

Esse período de seca é devido a uma junção de efeitos climáticos como o aquecimento global e o desmatamento da Amazônia. 

Os ventos que transportam a chuva para o centro do país, estão com cada vez com uma quantidade menor de umidade, devido ao desmatamento.

Como os próximos meses são de estiagem e os reservatórios já estão com os níveis abaixo do esperado, já se espera uma piora e uma constância no acionamento da usina termelétrica, fazendo com que o preço da energia aumente gradativamente. 

E essa tendência não se estende apenas aos próximos meses que não haverá chuvas, mas também nos próximos anos, pois o desmatamento não para e com isso a umidade tende a ficar cada vez menor e obter cada vez menos energia elétrica através das usinas hidrelétricas.

A situação vai melhorar?

Com o intuito de diminuir o uso desse tipo de energia, o governo implantou um sistema para incentivar a população a economizar energia elétrica. 

São as chamadas bandeiras tarifárias, sendo elas:

Bandeira verde: Não há acréscimo no valor final da fatura;

Bandeira amarela: Tem uma cobrança extra de R$ 1,343 para cada 100 kWh consumidos naquele mês;

Bandeira vermelhapatamar 1: A cobrança extra no valor final da conta é de R$ 4,169 a cada 100 kWh consumidos.

Bandeira vermelha, patamar 2: Tem um adicional de R$ 6,243 na conta para cada 100 kWh.

O problema maior é que essas bandeiras tarifárias não têm surtido muito efeito no que diz respeito ao racionamento de água. 

Uma alternativa que está sendo estudada é a inclusão de uma faixa adicional mais cara, somada a uma campanha de conscientização para a redução do consumo de energia. 

Esse aumento de tarifa é no momento impopular, porém é a única maneira de atenuar o reajuste das tarifas no próximo ano, que também contará com as bandeiras tarifárias.

No dia 15 de junho André Pepitone, diretor geral da Annel, afirmou que está sendo calculado um novo valor para a bandeira vermelha patamar 2 que terá um aumento de 20%. 

Essa previsão também se estende para 2022 que foi calculado um aumento de 5% para o ano. 

“Certamente, a gente já pode adiantar aqui nessa comissão que não tem o valor final, mas digo às vossas excelências que será um valor bem maior do que os R$ 6,24. Tivemos uma audiência pública que durou 30 dias e apresentou o valor de R$ 7 e alguns centavos, mas com certeza esse valor [final] ainda deve superar um pouco os R$ 7 [e alguns centavos], [daí os] mais de 20% [de alta]”, afirmou o diretor-geral.

Diante desse quadro atual, o governo estuda publicar uma medida provisória para a população racionar energia elétrica, com foco em dar um direcionamento dos recursos hídricos para garantir o abastecimento de energia de forma satisfatória. 

A garantia é que esse problema vai parar no bolso do consumidor final e pode ter mais reajustes durante os próximos meses acarretando em uma conta de luz cada vez mais cara.

Por isto o setor de enrgia solar tem sido um dos motivos de investimento.

Conheça alguns projetos

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